sábado, 31 de agosto de 2013

Oficina Fuzuê Descentralização da Cultura | Agosto 2013: A arte da confecção de Bonecos é um encontro de convivência!

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No mês de Agosto/ 2013 os participantes da Oficina Fuzuê Teatro de Bonecos Mamulengos, realizada através do Projeto de Descentralização da Cultura (SMC Porto Alegre – RS) em parceria com o Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo, se dedicaram à finalização dos seus projetos individuais – a criação de Bonecos.

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Desde Abril a turma esteve envolvida nos processos de confecção de Bonecos, desde o uso de materiais, técnicas de modelagem, bem como a mecânica de funcionamento do Boneco de Luva, o tipo pesquisado durante a Oficina. A partir de Setembro, os participantes entrarão no universo da Dramaturgia com o Boneco, a partir da criação de esquetes e a personalização do Bonecos.

Os conteúdos trabalhados durante o mês de Agosto foram: Os Materiais e Técnicas de Confecção ( Modelagem e Mecanismos).

Utilizando as técnicas da papelagem, os encontros se tornaram momentos de convivência e diversão entre os participantes, que são sempre bem acolhidos na Casa do Cristal, sede do Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo. No intervalo da Oficina, eles podem se divertir nos espaços da casa, como o Telecentro comunitário, o Núcleo de Música ou no aconchego da Biblioteca Comunitária.

Participam da oficina o público atendido pelo Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo, no Bairro Cristal e alunos da Escola Estadual Rafael Pinto Bandeira.

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- Informações sobre a Oficina -

Objetivo: Desencadear um processo de formação, experimentação e criação de espetáculo com Teatro de Bonecos com jovens na faixa etária de 15 a 20 anos.

Data, Horário e Local de Realização: Todas as quintas-feiras, dás 09 às 12h, na Casa do Cristal | Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo, situado na Avenida Capivari, nº 609 – Bairro Cristal – Porto Alegre – RS.

Investimento: Gratuitas.

Oficineiro:  Leandro Silva é artista bonequeiro e educador popular. Natural do Piauí. Afiliado à Associação Brasileira de Teatro de Bonecos – ABTB/ Centro UNIMA BRASIL. Coordena o Projeto “Fuzuê – O Teatro de Animação e Suas Convergencias”, desde 2006, com pesquisas, oficinas, workshops e produção de espetáculos com a linguagem dos Bonecos e a estética do Teatro Popular de Bonecos do Brasil.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

10 motivos para seu filho fazer teatro…

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Os cursos de teatro não existem apenas para aquelas crianças desenvoltas e desinibidas. Segundo a psicóloga clínica e educacional e professora de Artes, Betina Rugna, mesmo para os não-aspirantes à profissão de ator, a prática teatral tem sua importância pela "grande contribuição ao desenvolvimento e formação da personalidade da criança."


O teatro não tem contra-indicação nem pré-requisito. "Além de promover o autoconhecimento e desenvolver a autoconfiança, fazer teatro é um exercício de escuta do próximo", enumera a coordenadora e orientadora cênica da Casa do Teatro em São Paulo, Luciana Barboza. "Todo mundo deveria fazer teatro pelo menos uma vez na vida!", convida Betina. "As crianças que fazem teatro tem uma coisa especial, uma percepção melhor do mundo", completa.

10 Motivos…

1. Aumenta autoestima

Ser aplaudido é a perfeita situação que traduz o sentimento de bem-estar que envolve os praticantes da arte teatral. E isso se reflete na autoestima da criança, pois ela faz parte de um trabalho que é apreciado pelas pessoas. A psicóloga e professora de Artes Betina Rugna afirma que a criança fica contente em representar e sentir-se importante: "ela afirma para si mesma que se gosta e tem o seu valor". Quando é convidada a expor suas próprias ideias para transformá-las em comunicação artística, a garotada também fica mais segura: "eles se sentem potentes e agentes do mundo", resume a orientadora cênica da Casa do Teatro.

2. Melhora a timidezclip_image002clip_image004clip_image006clip_image008

Se o seu filho morre de vergonha de falar na frente de muitas pessoas, como na apresentação de um trabalho escolar, o teatro pode ajudá-lo a aprimorar seu jogo de cintura. Quando estão representando personagens, as crianças conseguem se soltar. "Ao atuar, elas perdem a timidez porque ninguém as está julgando", explica a psicóloga e professora de Artes Betina Rugna. Os exercícios de aquecimento vocal, como a repetição da frase "paca tatu, cutia não", melhoram a impostação da voz e garantem confiança na hora de falar em público.

3. Aprimora habilidade de relacionar-se com os outrosclip_image002[1]clip_image004[1]clip_image006[1]clip_image008[1]

Quando se pretende representar alguém, é importantíssimo colocar-se em seu lugar: tentar entender como o personagem pensa e o que sente. Esse simples exercício de imaginação acaba por desenvolver a empatia, habilidade importantíssima para o relacionamento social. Para ter uma ideia, a principal característica dos psicopatas é a falta dessa capacidade. Compreendendo melhor cada um, a criança aprende a tolerar as diferenças e a respeitar o próximo.
Além disso, como a atividade teatral é coletiva, a criança precisa aprender a se relacionar com diversas pessoas, inclusive aquelas de que não gosta muito. Com o tempo, isso "promove a integração, a criança fica mais acessível no convívio com o outro. Pode facilitar inclusive o convívio com os familiares", esclarece a psicóloga e professora de Artes Betina Rugna.

4. Faz com que a criança se conheça mais

Conhecer o outro nos ajuda a conhecer melhor a nós mesmos, a definir nossa identidade. O teatro também auxilia nessa jornada quando "possibilita a elaboração interna de questões pessoais e coletivas por meio da metáfora, da poesia, do lúdico, do criativo", ensina a coordenadora da Casa do Teatro, Luciana Barboza. Ela diz que mesmo sem perceber, os alunos expressam suas inquietações por meio do trabalho teatral, esse "descarrego" também os deixa mais tranquilos.

5. Desenvolve consciência corporal e coordenação motora

Outra gama de exercícios propostos em um curso de teatro é direcionada para estimular a percepção dos sentidos, como dançar de olhos vendados. Isso faz com que a criança desenvolva melhor coordenação motora, percepção espacial e consciência de seu corpo, além de aumentar sua capacidade de expressão.

6. Ensina a trabalhar em grupo

Por ser uma atividade coletiva, o teatro também aprimora a convivência em grupo. O sucesso de todos depende do trabalho de cada um. Por isso, é importante aprender a lidar com o colega, saber expor ideias e críticas e principalmente aprender a respeitar a opinião dos outros. Encenar uma peça também exige comprometimento e dedicação. Os ensaios são recorrentes e a criança irá aprender que seu atraso atrapalha o progresso de todo grupo, tornando-se, assim, mais responsável.

7. Desenvolve habilidades cognitivas como memória e raciocínio

Como teatro é uma arte multidisciplinar (envolve literatura, artes plásticas, música entre outros), a prática proporciona o desenvolvimento de diversas habilidades. Por exemplo, nas escolhas que envolvem uma montagem teatral, as crianças podem explorar a criatividade montando o cenário, desenhando o figurino, compondo músicas, escrevendo peças... Além disso, é preciso refletir sobre as escolhas na construção do espetáculo e isso também articula a criatividade e o raciocínio para a solução de problemas. Para encenar uma peça é preciso lembrar-se de um monte de coisas: sua fala, sua posição em cena, a ordem de entrada no palco... Para não errar, seu filho vai se esforçar para não esquecer nadinha. O cérebro agradece o exercício e retribuirá com uma memória mais eficiente.

8. Expande o repertório cultural

Quando faz teatro, a criança é convidada a conhecer diversos mundos das artes. O texto dramatúrgico a aproxima da literatura; a sonoplastia e trilha sonora abrem alas para a música; os figurinos trazem a moda para a cena; a construção de cenários dialoga com elementos da arquitetura e artes plásticas. Essas referências expandirão seu horizonte cultural e instigarão sua vontade de conhecer mais.

9. Melhora desempenho escolar

Os benefícios do teatro também se refletem em sala de aula. A capacidade de concentração e o constante exercício de memorização podem ajudar na hora da prova, enquanto o contato permanente com a literatura melhora o vocabulário, a escrita e interpretação de texto. Com o teatro, a criança desenvolve o espírito investigativo e curioso, necessário para encontrar soluções criativas para os jogos teatrais propostos. "Essa vivência possibilita que a criança perceba sua capacidade em pensar soluções, experimentar caminhos, vivenciar o diverso e aprender com o outro", finaliza a coordenadora da Casa do Teatro, Luciana Barboza.

10. Propicia o fazer poético

Todas as habilidades pontuadas anteriormente são consequências da prática teatral, mas o professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais José Simões lembra a importância do próprio fazer teatro, isto é, do contato com estímulos sensíveis, que fazem o imaginário das crianças voarem, recriando mundos e relações por meio do teatro . Para além das habilidades funcionais, uma montagem teatral "deve querer dizer algo para as crianças e seu mundo e, também, dialogar no contexto que vivem", esclarece Simões. Assim, ela ganha uma autonomia que a estimula para a expressão artística.

Fonte | Veja a matéria completa aqui: http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/10-motivos-seu-filho-fazer-teatro-635435.shtml

Texto de Iana Chan | Educar para Crescer | Editora Abril

PROGRAMAÇÃO OFICIAL DO 3º FESTIVAL NACIONAL DE TEATRO – FLORIANO – PI

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LANÇADA PROGRAMAÇÃO OFICIAL DO 3º FESTIVAL NACIONAL DE TEATRO, que acontece de 18 a 22 de setembro, em Floriano - PI. Oferecerá 30 espetáculos oriundos de 18 estados da federação brasileira, sendo de diversas categorias, além de oficinas, palestras e workshops.

Estaremos lá com o trabalho de Teatro de Bonecos "Fuzuê no Sertão Encantado".

Confira a programação completa: http://escalet.com.br/?ler_noticia_id=280&title=lancada-programacao-oficial-do-3%BA-festival-nacional-de-teatro

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Sesi Bonecos do Mundo | Brasília–DF. A gente estava por lá!

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Um dos mais expressos festivais de Teatro de Bonecos do Brasil, o Sesi Bonecos do Mundo realizou no período de 14 a 18 de Agosto uma de suas edições, em Brasília – DF.

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Estive por lá para conhecer os diversos grupos e propostas de trabalho (tudo muito rico e belo!) e participar na apresentação “O Conto do Vigário e Outras Trapaças”, com o Grupo Oficina Mãos ao Alto | Cia. Caixa do Elefante, comigo e os amigos Daniel Carvalho e Moojen no elenco, Mário de Balenti na direção e Ana Luiza, na técnica de som.

O Sesi Bonecos do Mundo é importante por dar grande visibilidade ao Mamulengo – a mais relevante e conhecida expressão do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste do Brasil, ao lado de espetáculos de outros países. Os Mamulengos e os Mestres Mamulengueiros tem palco próprio, oficina, exposição e estrutura impecável para suas apresentações e brincadeiras. Além de ser o Mestre de Cerimônia do Festival, através de um marote criado e manipulado pelas mãos do bonequeiro Mário de Ballenti, que remete à linguagem do Mamulengo.

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Tivemos a honra de se apresentar no Palco dos Mestres Mamulengueiros e de conviver com eles, com sua simplicidade, imensa habilidade técnica e alegria. Com eles, a gente aprende, dança, sorrir, se ajuda. São Mestre da Vida!

Apresentações de 05 países, exposição com a coleção magnífica de Magda Modesto, estéticas diversas, crianças e adultos encantados. Um show do Pato Fu divertido que assiti na companhia de Júlio César, amigo de Brasília. Um bate papo com Chico Simões, mamulegueiro, pesquisador e educador, presidente da Associação Brasileira de Teatro de Bonecos – Centro UNIMA Brasil. Viver o SESI Bonecos não tem preço! Aliás, preço  nenhum! Tudo é de graça. Basta abrir o coração e se render aos encantos e charme dos Bonecos. 

Liberdade para os Bonecos!

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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Bonecos Trapaceiros e Trapaceados no SESI Bonecos 2013

Bando de vigaristas rumam para Brasília/ DF. Mais?
Especialidade do Bando: Assalto cultural a plateias desavisadas.
O Conto do Vigário e Outras Trapaças (Grupo Oficina Mãos ao Alto | Cia. Caixa do Elefante). Uma Performance Teatral com Bonecos.
Apresentação no SESI Bonecos, Brasília DF, dia 18/08.

- Elenco Trapaceiro: Daniel de Carvalho, Luiz Fernando Moojen e Leandro Silva.
- Direção de Trapaças:
Mario de Ballentti (Cia. Caixa do Elefante).

Mutirão Por Direitos - Oficinas Culturais

É neste domingo, 18 de agosto, a partir das 10h da manhã que o Bloco de Lutas e o Comitê Popular da Copa Porto Alegre juntamente com as comunidades da Cruzeiro e do Cristal, estarão durante todo o dia realizando atividades culturais, reforçando a luta pelos direitos humanos que estas comunidades vem travando contra os impactos negativos das obras de duplicação da Avenida Tronco e do processo Copa do Mundo 2014 em Porto Alegre.


Abaixo a programação, traga seu mate e solidariedade a estas comunidades neste domingo e participe de oficinas de grafite, percussão, hip hop, internet livre, reciclagem de óleo, capoeira, teatro de bonecos, teatro de rua, tudo isto reforçando os direitos humanos, a mobilidade urbana e a moradia. No final da tarde Assembleia Popular e shows fechando o dia! Confira a programação abaixo e compartilhe esta luta!!!

Post: Leandro Anton | Coordenação Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O Teatro de Bonecos e o Profissional de Educação: Por um território educativo encantado!

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O Teatro de Bonecos pode colaborar de forma decisiva no processo de Ensino-Aprendizagem em sala de aula, bem como favorecer a integração e entretenimento de toda a comunidade escolar. Neste sentido, o Teatro de Bonecos na Escola pode atuar em duas dimensões distintas: o Teatro de Bonecos Instrumento e o Teatro de Bonecos Processo.

Foi para tratar destas dimensões que o Projeto Fuzuê – Teatro de Animação e o Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo ministraram uma mini-oficina para professores da Escola Paraná – Bairro Cristal (Porto Alegre – RS), a convite do Profº Fábio, diretor.

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Numa roda de conversa, os professores puderam conhecer um pouco da experiência do Projeto Fuzuê, através das muitas oficinas que foram realizadas com professores de escolas públicas pelo Nordeste, especialmente no Piauí, Maranhão, Ceará e Alagoas. Leandro Silva, criador e coordenador do Projeto, narrou as diversas experiências educacionais com Bonecos realizadas a partir destas oficinas de formação e da diferença quando o boneco é usado para narrar histórias e ensinar (Teatro de Bonecos Instrumento) ou quando este é usado para se trabalhar diversas disciplinas de forma transversal, integradas e dentro de um processo de formação sistemática (Teatro de Bonecos Processo).

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A Escola Paraná é parceira do Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo e juntos inscreveram uma Iniciativa Cultural através do Programa Mais Cultura na Escola, na área de Fotografia e Memória. O Coordenador do Ponto de Cultura, Leandro Anton, falou deste projeto para os professores, das ações a serem realizadas e do valor educacional da Fotografia para a Educação e a Comunidade.

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O Boneco na Educação – Colaborações e Convergências.

O Teatro de Animação demonstra ter um alto valor pedagógico ao possibilitar desenvolver aprendizagens de atitudes transformadoras, ser altamente participativo e questionador, proporcionar recreação e servir como espaço para a expressão de emoções, impulsos, fobias e conflitos, através das ações impressas espontaneamente nos bonecos e/ou objetos, ao fazê-los falar, cantar ou brigar.

Analisa-se, por tanto, que o Teatro de Animação permite o melhor conhecimento da criança. A ânima dos objetos possibilita conseguir, através deles, conhecê-las na íntegra. Assim, podemos ajudá-las no processo de socialização, fazendo-as sentir-se à vontade, sem inibições, propiciando um ambiente de conforto e liberdade onde possa expressar suas ideias e opiniões sem constrangimentos. Permitindo, desta maneira, que o professor conheça a fundo a verdadeira personalidade, os reais valores e o nível de desenvolvimento psicológico da criança ao mesmo tempo em que a estimula a sentir prazer durante a atividade.

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Entre os principais objetivos do Teatro de Animação na Educação, Ladeiras (1998, p.15) enfatiza: a percepção visual, auditiva, tátil e de sequencia de fatos (espaço-temporal), a coordenação de movimentos, criatividade e imaginação, expressão gestual, oral e plástica, memória e vocabulário, e a socialização. E ainda, pondera a utilização do Teatro de Animação como atividade lúdica, entendendo que se para o professor, o Teatro de Animação é uma técnica educativa, para a criança é um jogo que a educa e molda para o convívio social.

Verifica-se que isto acontece espontaneamente quando, por exemplo, uma criança começa a falar e acabado os recursos do seu monólogo, busca a interação com outra figura com a que possa ampliar suas aventuras. Então, a criança começa experimentando o respeitar, exercendo o companheirismo, ao ter que esperar sua vez para falar e ouvir a opinião dos outros e exprimir seu desacordo com argumentos convincentes. Por outro lado, os alunos mais velhos e, mesmo os adultos, encorajam-se a expor mais livremente suas ações, pensamentos e desejos com um boneco nas mãos (NEFESH, 2009).

Interpreta-se que o Teatro de Animação na Educação pode ser visto sob dois aspectos: quando a criança o assiste e quando a criança o cria. Ao assistir, as imagens prendem a criança emocionalmente podendo transformá-la internamente. Já ao manipular objetos, criar os bonecos, a cenografia, os textos e demais partes do Teatro de Animação, são envolvidos o aspecto lúdico e o criativo, através das atividades motoras, a expressão verbal e o trabalho em equipe. Já no caso em que os bonecos/ objetos são utilizados diretamente pelos educandos, tendo o professor apenas como guia, os alunos tendem a desenvolver amplamente a comunicação e manipulação dos objetos. Uma vez prontos os bonecos, a criança sente desejo de animá-lo. Motivada a movimentá-lo, aos poucos junta os sons, palavras e vozes à manipulação (LADEIRA, 1998).

De inicio, o boneco é inevitavelmente um brinquedo, cabendo ao professor-bonequeiro revestir de valores e princípios este novo personagem vivo, e como tal, gerador e responsável de ações e reações. Não convém que o boneco substitua o professor (Idem, p.14), antes que o mesmo seja presente como um participante ativo, questionador.

Existem dois tipos de jogos dramáticos: o jogo pessoal que é a representação de fatos da vida real que podem ser dramatizados pelas crianças através da pantomima e o outro nível que é o jogo projetado (REVERBEL, 1996, p.18), praticado neste caso, com o apoio dos bonecos e objetos, podendo ser facilitados com diálogos, histórias lidas ou contadas em dramatizações espontâneas.

A encenação, o jogo teatral e a brincadeira cênica em si como apresentação artística ou em caráter de prática pedagógica de aprendizagem, possibilitam o trabalho das várias disciplinas da grade curricular; desenvolvendo na criança a capacidade física e intelectual, provocando-a e levando-a a experimentar a passagem do difícil e extenuante, para a satisfação da brincadeira, do prazer, da troca de conhecimentos e da superação individual.

Fotos: Leandro Anton | Jéssica Hiroko

 

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Espetáculo em Circulação: O Conto do Vigário e Outras Trapaças

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O Grupo Oficina “Mãos ao Alto” da Cia. Caixa do Elefante (Porto Alegre – RS) apresenta o espetáculo criado de forma colaborativa “O Conto do Vigário e Outras Trapaças”.

Surgido a partir de uma Oficina de Teatro de Animação ministrada por Mário de Ballenti (Cia. Caixa do Elefante) em abril deste ano no Centro de Referencia de Teatro de Bonecos do Rio Geande do Sul (CRTB-RS), o coletivo tem como proposta promover “assaltos culturais” pelas cidades, utilizando-se da linguagem do Teatro de Bonecos.

No espetáculo, uma corja de bonecos vigaristas conta divertidas histórias de trapaças. Bonecos expressivos, manipulação primorosa, espetáculo alegre, colorido e brincante!

Elenco de Trapaceiros: Luiz Fernando Moojen, Daniel de Carvalho e Leandro Silva.
Direção de Trapaça:
Mario de Ballentti (Cia. Caixa do Elefante)

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Agenda de Apresentações: Agosto de 2013

- Apresentação no Brique Refloresta:

Apresentação especial dia 10/ 08 (Sábado), às 16h, na Rua São Carlos, Bairro Floresta, Porto Alegre - RS. Em frente ao Porto Alegre Hostel Boutique.

- SESI Bonecos/ Brasília:

Dia 18/08, no Ateliê Ao Vivo dos Mestres Mamulengueiros. Local: Museu Nacional da República | Palco dos Mestres.  Apresentações junto com os Mestres Zé Lopes, Waldeck de Garanhus e Tonho dos Pombos. Horários: 17h, 18h e 19h.

- SESI Bonecos/ Cuiabá:

Dia 01/ 09, no Ateliê Ao Vivo dos Mestres Mamulengueiros. Local: Palco dos Mestres.  Apresentações junto com os Mestres Zé Lopes, Waldeck de Garanhuns e Tonho de Pombos. Horários: 17h, 18h e 19h.